Espaço aberto para a partilha do potencial criador do Ser humano, sem tabus em relação aos seus limites e defeitos.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
11 de Novembro
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Na boa disposição da minha loucura
domingo, 2 de outubro de 2011
O primeiro átomo
sábado, 3 de setembro de 2011
De onde vens, ó vento!
domingo, 3 de julho de 2011
Bem te quero e não te encontro
Abro as portas da minha alma e entras sem eu te ver
Fecho o coração e te prendo sem saber
Vives dentro de mi quanto te procuro lá fora.
Sempre que te alcanço desvaneces e apareces
no intemporal espaço anterior à minha busca.
Quanto mais me esforço para escutar menos te oiço.
Nas minhas sombrias noites medito sobre o fino espelhos do lago
na esperanças de encontrar uma pérola de lua reluzir no teu olhar.
Quando por ventura abres os olhos para me ver, sou o teu feitiço
e cego de tanta luz me perco no insaciável fogo da paixão.
Pressentindo a tua presencia por toda a parte
não sei por onde orientar o meu passo.
Vivo num contínuo sentimento de falhar o encontro.
Como posso eu marcar hora se não existe espaço entre nós?
Do mudo mundo da arte, vem-me as tuas ondas trazer estas linhas
e depositas na minha sufocante alma um agreste sentido de eu.
Tudo fazes sem te mexer, quando alimentas o orgulho do ser
que se esquece prontamente que sem ti não pode viver.
domingo, 29 de maio de 2011
A vida
Porque não pode a vida seguir livre?
Sempre leva com ela o fardo da experiência.
Incansável substância, matriz da consciência,
ela é facto que ensina, e se ri dos livros.
Sinuosa estrada em que a chegada é partida
Sabor salino do sentimento que nos coroa ser
Conteúdo e continente que não se cansa de ter
Sopro invisível que contém a lei criativa
A vida não se mantêm cativa.
Escapa pelos dedos como água;
deixando uma sensação vaga
entre a noção e a ideia relativa
Pelo efémero sabor que deixa na alma,
intoxica avidamente o espírito da ânsia
de nos livrar do destino e da ignorância
embriagando-nos o seio de amor que acalma
Ela é a saudade presente na recordação
da mendiga mão que se estende pró fruto
do sonho cansado de ter que vestir o luto
num sombrio mundo desbotado de acção
A vida soa no corpo do espírito adormecido
e desperta-lhe a verdade que suga a letargia;
abre-lhe o trilho do destino na selva armadilha
até a clareira de luz, onde será reconhecido
Se viver é aprender…
morrerei sem saber.
domingo, 1 de maio de 2011
O poeta
Quem se dispõe a escrever um poema,
Tem de certo a alma da criança irrequieta.
Saltita já sobre as pedras do rio da boémia,
— Imaterial sentimento sobre a letra concreta.
Sem molhar os pés vê o fundo da verdade
E o fluxo transparente lhe trás inspiração
Para aquilo que alguns chamam criatividade
Mas que eu prefiro nomear: meditação.
No mundo que vejo no meu peito
Navegam em águas fora do tempo
O artista, poetas, amante e profeta
Sem porto, sem destino nem descanso.
As águas do rio se dissolvem no mar,
Mas o leito guarda o rio no seu seio.
Nunca more o poeta que sabe amar
Foi para eternizar-se em ti, que veio.
Vive para sempre nas margens do teu peito.
13 Abril 2010
O amor, que nos faz divagar, torna a vida uma eterna viagem.
Ele, não tendo fim, nos abre os seus infinitos braços
e nos eleva para os céus de terras nunca exploradas.
Porque então deixar retrair o Coração
se todo ele fala de libertação!
As asas do peito não aguentam o peso dos anos,
mas a lembrança de quem amou dá força e coragem
para se lançar no espaço mesmo que tenha de cair.
O maior desafio é amar o que não se gosta.
Nunca se ama por obrigação
porque não nos podemos obrigar a amar,
nem programar o que pretendemos amar.
O amor autêntico nasce como a água da fonte do monte,
todo ele é abundância e dom.
domingo, 3 de abril de 2011
Fala ego meu, fala!
Porque terei eu sempre de falar do sentir?
Pasmando no ego sempre pronto a iludir.
Norte, Sul, Este, Oeste; quatro paredes infinitas onde se insere a ilusão.
A mensagem que chega à foz do meu coração é bem limitada.
É o bater da dualidade.
Quando bate prazer, escoa a dor;
quando bate esperança, o sangue é eterna desilusão;
quando bate a liberdade, prendem-se-me as pernas;
quando bate a vida é para me dizer adeus;
quando bate o bater já ouço o silêncio;
quando bate o silêncio, o silêncio perturba-me.
Quando deixa de bater, vivo no não-ser.
Já não tenho o dever de ter.
Que sentido tem o desprender?
Quando deixar de existir, tudo e nada serei.
Viverei do coração do universo e:
serei a desilusão e a esperança do teu coração,
a corda que te prende e o silêncio que te rói,
a vida do ser e os segredos do não-ser.
Serei vida em ti, quando pensas “eu sou”.
Serei o pó da terra e a sua libertação,
Serei o instinto destino do insecto,
a razão da negação quando negar é solução.
Assim por tudo ser e nada viver,
voltarei a nascer.
Ausência
Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...
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Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...
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O rio, as ruas, as casas e o luar, enfeitam a alma e fazem-nos sonhar. A gente, fantasmas vivos de Lisboa, pisam as sombras dos passos...
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Tirando as palavras de um espaço sem tela Arrumam-se as ideias relativas no branco papel: Tirar para pôr Pôr para ler ...