Mesmo que as minhas mãos deixassem de arrancar as ervas daninhas;
chegaria eu um dia à caricia da alma do vento?
Ainda que vigiasse as minhas palavras e moderasse a minha alimentação;
chegariam um dia os meus lábios à suavidade do beijo da luz do sol?
E se tencionasse retirar-me num mosteiro e que me preenchesse de orações,
chegaria eu um dia à pureza duma simples gota de orvalho?
Mesmo se me viesse a recordação de cada um dos meus passos,
chegaria eu um dia a polir o meu corpo e alcançar a transparência do ínfimo grão de areia?
Deixem-me arder de paixão, por que eu sei que este fogo que me ilumina é o mesmo que consome a criação.
Espaço aberto para a partilha do potencial criador do Ser humano, sem tabus em relação aos seus limites e defeitos.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Um só passo fora do tempo
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