sábado, 1 de novembro de 2008

Comunhão

A linguagem do espírito não se comunica como as ideias de um livro ou pela sonoridade de umas belas palavras. Para que o espírito possa vir a ser aflorado pelo coração dos seres, ele tem que despir-se do intenso esplendor da sua luz; tem que vestir a áspera roupa da terra antes de aproximar-se de quem ainda vive à sombra das dúvidas; tem que usar a coroa de espinho da consciência limitada e oferecer as suas costas à brusca mão da ignorância que engorda no prazer do flagelo.
Guiado por um profundo sentimento de compaixão,
o espírito reúne todas as suas forças, e, pés nus,
lentamente, arroja sobre as pedras do caminho a sua cruz
- projecção da sua ligação ao absoluto e que lhe fere o peito
no sitio onde se purifica o fogo que consume a ganância do homem.
Por fim, aqui está ele crucificado, o peito exposto a todos
E, pelo sacrifício do seu eu, entrega a mais elevada da sabedoria:
A liberdade absoluta existe, mesmo dentro das realidades mais obscuras do mundo terrestre.

Ausência

Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...