quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Coração, coração... escuto! Que tens tu para nos contar?

Leva-me para aqueles recantos, onde vagueia o sopro da minha alma, e, unindo-te à claridade que filtra pelas suaves pétalas da flore da vida, lá vais projectado para um espaço sem fim, viajando à velocidade da luz através dos jardins galácticos.
Que milagre é, que me permite, ao tocar na pedra do caminho sentir o seu canto acariciar o meu coração?
O teu silêncio vibra no meu peito como uma melodia na vida da sinfonia universal.
Quando és flor, eu não sou mais do que uma abelha à busca do teu néctar.
Quando eu sou néctar, abraces-me das tuas pétalas à espera que venham bater à porta do amor.
Quando tu e eu estamos unidos, a vida e a morte deixam de fazer sentido.
Conta-me a história daquele que por tanto lhe tem sido ensinado a rojar os pés no caminho, se esqueceu do seu mais íntimo, onde se estendem as terras de luz e se colhem os frutos da liberdade.
Recorda-te daquele que encontrou o autêntico convívio no isolamento duma simples cavidade do recanto do monte.
Mas sobre tudo, coração, não te esqueças de me lembrar que, qual que seja a luminosidade do teu céu, é para fora que esta luz está predestinada, para que o mundo que nos rodeia possa vir a reencontrar o seu autentico brilho.
30 de dezembro de 1998

Ausência

Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...