domingo, 1 de maio de 2011

O poeta

Quem se dispõe a escrever um poema,

Tem de certo a alma da criança irrequieta.

Saltita já sobre as pedras do rio da boémia,

— Imaterial sentimento sobre a letra concreta.

Sem molhar os pés vê o fundo da verdade

E o fluxo transparente lhe trás inspiração

Para aquilo que alguns chamam criatividade

Mas que eu prefiro nomear: meditação.

No mundo que vejo no meu peito

Navegam em águas fora do tempo

O artista, poetas, amante e profeta

Sem porto, sem destino nem descanso.

As águas do rio se dissolvem no mar,

Mas o leito guarda o rio no seu seio.

Nunca more o poeta que sabe amar

Foi para eternizar-se em ti, que veio.

Vive para sempre nas margens do teu peito.

13 Abril 2010

O amor, que nos faz divagar, torna a vida uma eterna viagem.

Ele, não tendo fim, nos abre os seus infinitos braços

e nos eleva para os céus de terras nunca exploradas.

Porque então deixar retrair o Coração

se todo ele fala de libertação!

As asas do peito não aguentam o peso dos anos,

mas a lembrança de quem amou dá força e coragem

para se lançar no espaço mesmo que tenha de cair.

O maior desafio é amar o que não se gosta.

Nunca se ama por obrigação

porque não nos podemos obrigar a amar,

nem programar o que pretendemos amar.

O amor autêntico nasce como a água da fonte do monte,

todo ele é abundância e dom.

Ausência

Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...