Quando me sinto ser como toda a gente,
vivo
como se a realidade nada tivesse a ver com o presente.
Como
a cenoura frente ao burro,
move-se-me
o corpo pelo desejo formulado em pensamento.
Quanto
mais puxo a carroça para a frente, mais gira a roda na mente;
movimento
circular que me faz estagnar;
o
ruído do homem é o ruído da fome.
Não
sei o que conheço, mas sei que o conhecimento me conhece;
vivo
no mar da omnisciência agarrado ao cais da ignorância e,
contudo,
as vogais pelas quais vibra o meu nome
são
por essência universais.