Todo
o movimento no espaço e no tempo serve a consciência absoluta. Impessoal, ela
abraça tudo sem nada conter – nem pode ser contida. Não há sujeito por onde emane, nem objecto que a reflicta. Ela “É”, e por tudo
ser, não há quem a possa ter. A consciência absoluta em nada se
assemelha à consciência individual, pelo facto de que tudo no indivíduo assenta no ter. A negação de
tudo o que se pode ter é chamada morte. Essa “não existência” é o “Ser”
absoluto. A única forma de saber é deixar de conhecer. O homem é muito
diferente da formiga, no entanto, devido ao seu comportamento, percorre o mesmo campo. Se aquilo
que nos move física e psiquicamente provém da causa primordial e da sua substância, actuar é revelar, porque não há nada
que possa vir a ser que não esteja já contido no “Ser”. As
infinitas probabilidades de desenvolvimento de uma planta, a direcção que toma
o animal, a decisão fatal que muda o destino do homem, as influências de uma
galáxia sobre outra representam a potência do absoluto. A história da
civilização humana é uma brecha na matriz substancial do tudo.
Espaço aberto para a partilha do potencial criador do Ser humano, sem tabus em relação aos seus limites e defeitos.
sábado, 27 de abril de 2019
Ausência
Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...
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O rio, as ruas, as casas e o luar, enfeitam a alma e fazem-nos sonhar. A gente, fantasmas vivos de Lisboa, pisam as sombras dos passos...
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Tirando as palavras de um espaço sem tela Arrumam-se as ideias relativas no branco papel: Tirar para pôr Pôr para ler ...