sábado, 27 de abril de 2019

Consciência


Todo o movimento no espaço e no tempo serve a consciência absoluta. Impessoal, ela abraça tudo sem nada conter – nem pode ser contida. Não há sujeito por onde emane, nem objecto que a reflicta. Ela “É”, e por tudo ser, não  quem a possa ter. A consciência absoluta em nada se assemelha à consciência individual, pelo facto de que tudo no indivíduo assenta no ter. A negação de tudo o que se pode ter é chamada morte. Essa “não existência” é o “Ser” absoluto. A única forma de saber é deixar de conhecer. O homem é muito diferente da formiga, no entantodevido ao seu comportamento, percorre o mesmo campo. Se aquilo que nos move física e psiquicamente provém da causa primordial e da sua substância, actuar é revelar, porque não há nada que possa vir a ser que não esteja já contido no “Ser”. As infinitas probabilidades de desenvolvimento de uma planta, a direcção que toma o animal, a decisão fatal que muda o destino do homem, as influências de uma galáxia sobre outra representam a potência do absoluto. A história da civilização humana é uma brecha na matriz substancial do tudo. 

Ausência

Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...