Escreve alma minha pela mão do corpo
Escreve enquanto é dia que vem a sombra da noite
O frio alento anunciar que daqui pouco
Será hora de dormir no sonho infinito da morte
Escrever sem destino para não atrair o que é certo
Escrever para dizer que criar é viver
E na obra realizada existir para sempre
No estremecer do coração que aprende a ler
Com o punho fechado guardo o segredo destino
Das linhas do futuro emaranhadas num passado
Em que o presente se apresenta tão repentino
Que no gozo do tempo me vejo pasmado