Agora,
neste lugar junto à janela onde me fui sentar,
vejo:
a
dor do prazer que terei de deixar,
a
breve eternidade a questionar-me,
o
sentido do sentido a provocar-me,
a
leveza do coração e as ondas pesadas do mar,
a
paz onde assenta o sentimento,
gotas
de tempo no fio do meu alento,
concreto
pensamento no substrato do vento,
o
infrutífero acto quando a fome é um facto,
um
pedaço de poesia, ofenda na mão vazia.