O poeta, extrai do clarão da luz que contempla,
o brilho da consciência ilimitada,
e da quinta essência da mensagem que ficou gravada,
produz, na alquimia do seu coração,
uma mensagem, que projecta na testa cega da manada,
usando a sombra das palavras e a razão.
Ele entrega o seu coração crucificado à dor,
para com ela melhor medir o valor.
Oferece a alegria aos deuses da graça,
na esperança que deixem o veneno cair da taça
livrando os lábios do excessivo fervor,
e refrescar, no seio do homem, o florir do amor.
Não há poesia que canta o que vive o poeta...
mas no silêncio, os seus olhos encantam.
Ele é o instrumento que faz soar a poesia
mas são poucos os que sabem ouvir a sinfonia.
O mundo, cego, pertence aos que mandam,
mas, ele pinta a todos, da estrela da mão que contem a paleta
Tanto vive, que se esquece de ser homem.
Tanto sofre, pelo homem que se esquece de viver
Aguenta nas costas o peso da blasfema
Vai seguro, a alma recta no incandescer,
Vivendo na cidade como numa arena,
entre tigres e leões que se querem comer
Espaço aberto para a partilha do potencial criador do Ser humano, sem tabus em relação aos seus limites e defeitos.
sábado, 29 de maio de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
Não me conformo
Doce e suave sentimento que procuro encontrar
Quando me assalta o dever de ter que lutar
Mas logo que o coração diz que não
No meu rosto se espelha a tenção.
A porta não fica fechada
Nem eu fico frente a fachada
Pois entro na meditação
Que é vício da minha razão
Na sabedoria que me tornar irracional
Luto pelo universal e zombo do nacional
Vivo à margem do conformismo
Na utopia de me livrar do egoísmo
Consumo, consumo num consumismo de aquém
Esfarrapando a alma no arame das terras do além
Entro sem aviso no interdito paraíso
E partilho o fruto do proibido juízo
Quando me assalta o dever de ter que lutar
Mas logo que o coração diz que não
No meu rosto se espelha a tenção.
A porta não fica fechada
Nem eu fico frente a fachada
Pois entro na meditação
Que é vício da minha razão
Na sabedoria que me tornar irracional
Luto pelo universal e zombo do nacional
Vivo à margem do conformismo
Na utopia de me livrar do egoísmo
Consumo, consumo num consumismo de aquém
Esfarrapando a alma no arame das terras do além
Entro sem aviso no interdito paraíso
E partilho o fruto do proibido juízo
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Ausência
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