segunda-feira, 27 de abril de 2020

Neste ponto de consciência


Neste ponto de consciência que chamo presente se une o infinito passado e o infinito futuro. 
Mas como posso eu definir o presente?
se é o resultado dos infinitos pólos do tempo.
No jogo da vida, ter a liberdade de escolher,
em nada significa que somos livres. 
Puxamos por uma carta no baralho confuso do acaso, 
sabendo à partida que “ter é perder”.
Mudamos de baralho, mas não mudamos de confusão, 
mudamos a táctica, 
mas puxamos com a mesma mão. 
Ainda bem que existe a ilusão, 
porque sem ela, tudo desapareceria.
Se soubesse quem sou, deixaria de existir, 
se soubesse o que quero deixaria de querer, 
se soubesse o que vejo deixaria de ver, 
se soubesse o que sei nada mais conheceria. 
A acção dita livre é na realidade uma reacção. 
O princípio da necessidade ....
até quem a tem...não o sabe!
Pela necessidade se constrói uma sociedade.
 O homem que vive com o homem: aprende os vícios dos homens. 
Afastou-se do animal, fechando-o num curral, 
ou numa cerca com estacas e arames farpados; 
assim fez para não ver ...
os seus olhos, 
que têm a propriedade de devolver 
a dor 
ao seu algoz...
Poderá, desse modo, o homem virar as costas ao seu dever 
e, com orgulho, ver-se erguido ao espelho do seu castelo.
Vivendo sem a companhia do animal?...
fica o homem empobrecido de sabedoria. 
Quantas meditações veio o homem a perder 
por ter deixado de ver a natureza 
pelo coração, 
fazendo do esplendor da sua beleza, 
uma fonte de exploração 
pela força bruta da razão.

Ausência

Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...